Sobe para 4 o número de mortos no ataque israelense contra igreja católica de Gaza

Jerusalém, 17 jul (EFE).- O número de mortos após o bombardeio lançado por Israel contra a Igreja Sagrada Família de Gaza, a única paróquia católica do enclave, subiu para quatro, enquanto o de feridos aumentou para sete, segundo confirmou à Agência EFE Zaher al Waheidi, diretor da unidade do Ministério da Saúde encarregada da contagem de mortos na Faixa.

Entre os feridos está o próprio pároco da igreja, o argentino Gabriel Romanelli, a quem o papa Francisco telefonava todos os dias desde que a invasão israelense na Faixa começou e até pouco antes de sua morte, no último dia 21 de abril.

Questionado pela EFE, o Exército israelense ainda não se pronunciou sobre este último ataque, o qual disse estar analisando.

"Ataque à paróquia latina da Sagrada Família em Gaza. Dois mortos e seis feridos, dois deles em estado grave", havia informado inicialmente o Patriarca Latino de Jerusalém, o cardeal Pierbattista Pizzaballa, à agência da Conferência Episcopal Italiana (SIR).

Em dezembro de 2023, dois meses após o início da invasão israelense na Faixa, um atirador israelense abriu fogo contra esta mesma paróquia e matou uma mãe e uma filha.

Porém, até esta quinta-feira, Israel não havia bombardeado diretamente esta igreja.

Por outro lado, durante 2024, o Exército destruiu completamente 815 mesquitas na Faixa de Gaza, conforme detalhou um relatório do Ministério de Assuntos Religiosos da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Os moradores de Gaza, após perderem a maioria de suas casas ou serem forçadamente deslocados, encontraram em escolas, mesquitas e nesta igreja católica locais para se refugiar das bombas israelenses.

Segundo a SIR, a paróquia católica de Gaza acolhe cerca de 500 cristãos deslocados.

IMAGENS: AHMAD AWAD.

RECURSOS DOS DANOS NA IGREJA SAGRADA FAMÍLIA DE GAZA E DOS FERIDOS NO HOSPITAL BATISTA AL-AHLI.