17/07/2025 19:54 (UTC)
Majdal Shams, 17 jul (EFE).- A irmã de Madda Hamad nasceu na cidade síria de Majdal Shams, que abandonou quando Israel ocupou grande parte das Colinas de Golã na guerra de 1967. Ela se mudou para os subúrbios de Damasco, mas, nesta quinta-feira, espera impacientemente que o Exército israelense lhe permita voltar ao que foi seu lar, em meio à travessia em massa de população drusa na fronteira em decorrência da violência desencadeada no sul da Síria."Ela tem 75 anos. Ela tem câncer. Você pode vê-la, ela está ali", diz a EFE com voz trêmula e visivelmente emocionado Hamad, que aponta para sua irmã. Eles não se veem há dois anos, quando se reuniram em Amã. "Espero que a deixem passar para que possa visitar sua família aqui em Majdal Shams", acrescenta sem perder a irmã de vista, sorridente.As travessias da cerca começaram como um protesto pelos confrontos entre drusos e beduínos, supostamente apoiados pelo novo regime de Damasco, na cidade de Al Sueida (reduto druso, embora sejam minoria no resto do país).Cerca de 24 mil drusos, uma minoria árabe síria, vivem nas Colinas de Golã, território da Síria que Israel ocupou em 1967 e anexou definitivamente em 1980.IMAGENS: MAGDA GIBELLI.RECURSOS DA CERCA QUE SEPARA AS COLINAS DE GOLÃ DA SÍRIA, PERTO DA LOCALIDADE DE MAJDAL SHAMS, DO MURO QUE ISRAEL CONSTRÓI NA ZONA E DO REENCONTRO DE ALGUNS FAMILIARES APÓS ATRAVESSAR A CERCA.DECLARAÇÕES DE RIAD, MÉDICO DE MAJDAL SHAMS, QUE NA QUARTA-FEIRA ENTROU DE ISRAEL EM HADER, E ESTEVE 12 HORAS LÁ.1. "Estive na Síria ontem, das 11 da manhã às 10 da noite."2. "Vi uma mulher que tinha 13 anos sem ver a filha que se casou na Síria, e ela não sabia nada dela, agora a filha veio para o outro lado e nós a vimos e dissemos adeus, mas não puderam tocá-la, não puderam falar nada."
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