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17/07/2025 15:59 (UTC)

SÍRIA CONFLITO

Presidente sírio anuncia fim da violência em Al Sueida e deixa segurança em mãos locais

Damasco, 17 jul (EFE).- O presidente da Síria, Ahmed al Sharaa, anunciou nesta quinta-feira o "êxito" dos esforços para frear a explosão de violência na província meridional de Al Sueida, cuja segurança será deixada nas mãos de facções locais e líderes religiosos.

"Os esforços do Estado para restabelecer a estabilidade e expulsar as facções proscritas tiveram êxito. (...) Graças à eficaz intervenção da mediação americana, árabe e turca, a região foi salva de um destino incerto", destacou o presidente em discurso televisionado.

Nesse sentido, explicou que decidiram deixar a segurança de Al Sueida nas mãos de facções locais e líderes religiosos, depois que a chegada das forças governamentais para assumir essas tarefas na terça-feira desencadeou intensos confrontos entre estas e grupos da região.

Em meio a tudo isso, Israel decidiu bombardear alvos institucionais e militares do Estado sírio em favor das facções drusas de Al Sueida, o que "complicou significativamente a situação e propiciou uma escalada generalizada", segundo reconheceu Al Sharaa.

"Estávamos diante de duas opções: abrir uma guerra com a entidade israelense às custas do nosso povo druso e de sua segurança, desestabilizar a Síria e toda a região, ou permitir que os sheiks e eruditos drusos caíssem em si e dessem prioridade ao interesse nacional", detalhou o presidente sírio em seu pronunciamento.

CHAMADO À UNIDADE

Após o triunfo do diálogo, em suas primeiras declarações desde a explosão de violência no sul do país no último domingo, o líder sírio acusou o Estado judeu de pretender arrastá-los a um conflito e semear divisões internas na Síria.

"Não lhes daremos a oportunidade de envolver nosso povo em uma guerra que eles querem desencadear em nossa terra, uma guerra cujo único objetivo é fragmentar nossa pátria e desviar nossos esforços para o caos e a destruição", ressaltou Al Sharaa.

"A Síria não é um campo para conspirações estrangeiras nem um lugar para alcançar ambições de outros às custas de nossas crianças e mulheres", completou.

Neste contexto, o presidente sírio aproveitou para lembrar que a minoria drusa é uma "parte integral" do país e expressou sua rejeição a qualquer tentativa de fragmentação interna que tenha como objetivo aproximar essa comunidade religiosa de uma "parte externa", em referência a Israel.

O Estado judeu, que administra as Colinas de Golã sírias ocupadas desde 1967, com milhares de drusos entre sua população, justificou sua intervenção como uma defesa dessa minoria e como um esforço para impedir a presença das tropas sírias em Al Sueida, não muito longe da fronteira comum.

Al Sharaa também se comprometeu a punir aqueles que cometeram abusos contra a comunidade drusa durante os confrontos, depois que ativistas e organizações locais denunciaram uma série de assassinatos extrajudiciais, entre outras violações, por parte de supostos militares.

"Estamos decididos a responsabilizar aqueles que transgrediram e abusaram do nosso povo druso. Eles estão sob a proteção e responsabilidade do Estado, a lei e a justiça protegem os direitos de todos sem exceção", concluiu o dirigente.

IMAGENS: CANAL OFICIAL DO TELEGRAM DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA ÁRABE SÍRIA. APENAS PARA USO EDITORIAL/APENAS DISPONÍVEL PARA ILUSTRAR A NOTÍCIA QUE ACOMPANHA (CRÉDITO OBRIGATÓRIO).

TOTAIS DO PRESIDENTE SÍRIO, AHMED AL SHARAA (EM ÁRABE).

Traduções:

1.- "Não lhes daremos a oportunidade de envolver nosso povo em uma guerra que eles querem desencadear em nossa terra, uma guerra cujo único objetivo é fragmentar nossa pátria e desviar nossos esforços para o caos e a destruição. A Síria não é um campo para conspirações estrangeiras nem um lugar para alcançar as ambições de outros à custa de nossas crianças e mulheres".

2.- "Os esforços do Estado para restaurar a estabilidade e expulsar as facções proscritas foram bem-sucedidos, apesar das intervenções israelenses. Neste caso, a entidade israelense recorreu a ataques contra instalações civis e governamentais para minar esses esforços, o que complicou significativamente a situação e propiciou uma escalada generalizada. E isso não foi realizado graças à eficaz intervenção da mediação americana, árabe e turca, que salvou a região de um destino incerto".

3-. "Enfrentávamos duas opções: abrir uma guerra com a entidade israelense às custas do nosso povo druso e de sua segurança, desestabilizar a Síria e toda a região. Ou permitir que os sheiks drusos e eruditos entrassem em razão e priorizassem o interesse nacional".

4.- "Decidimos atribuir a algumas facções locais e sheiks religiosos a responsabilidade de manter a segurança em Al Sueida. Esta decisão surge da nossa profunda consciência da gravidade da situação para a nossa unidade nacional e para evitar que o país caia numa nova guerra em grande escala".

5.- "Estamos determinados a responsabilizar aqueles que transgrediram e abusaram do nosso povo druso. Eles estão sob a proteção e responsabilidade do Estado, a lei e a justiça protegem os direitos de todos, sem exceção".

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